quarta-feira, 10 de abril de 2013

Top 10 livros infantis da família Cabral



Baseada no meu microconto familiar da noite passada, quando achei o "Marcelo Marmelo Martelo" perdido e vi a magia desse livro funcionar com o Felps, me deu vontade de fazer um top 10 dos livros infantis aqui de casa. 

Como toda lista, será incompleta, questionável, para alguns ridícula etc. Mas ela se baseia única e exclusivamente na satisfação do público mirim da família Cabral e no vínculo afetivo que esses livros todos provocaram.

Lá vai:




1. A Festinha - Barbara Reid

Singelo, emocionante, vibrante, o livro que fez mais sucesso aqui em casa, tanto com o Lucas quanto com o Felps. Clássico absoluto, apesar de ser de 2003. Acho que o segredo é que ele reproduz aquele estado de embaraço, confusão, excitação e pertencimento que todos nós sentimos nas festas familiares, desde que somos crianças. E mexe com um tema que me é muito caro: a construção da memória afetiva.



2. Marcelo Marmelo Martelo - Ruth Rocha


Já citado no post do Facebook. É um clássico da literatura nacional, que tem não só a história-título, mas também outras duas sensacionais: ''O Dono da Bola'' e ''Teresinha e Gabriela''. Aprovado no primeiro teste com Felps: gargalhadas de ouvir da sala diante da novilíngua do Marcelo.


3. Chapeuzinho Amarelo - Chico Buarque de Hollanda


Das ilustrações do Ziraldo à história em si, acrescentando minha performance toda especial no "Eu sou um lobooo", é um sucesso absoluto aqui em casa. Um jeito inteligente e divertido de recontar a manjada história da Chapeuzinho Vermelho.


4. Como Contar Crocodilos - Margaret Mayo


As histórias desse livro têm em comum o fato de terem bichos como personagens e sempre oferecerem pontos de vista inusitados de situações igualmente incomuns. O resultado é que as crianças ficam fascinadas e pedem para ouvir de novo. E olha que os contos não são fáceis, os personagens não são todos bonzinhos, mas são todos cativantes.


5. Lúcia Já-Vou-Indo - Maria Heloisa Penteado


Esse livro fez sucesso com a minha irmã, que teve de lê-lo na primeira série. Com o Lucas pequeno, tive um sobressalto quando dei de cara com ele, em edição idêntica. É um livro sobre aceitar as diferenças e anti-bullying muito antes de se falar em bullying. E a musiquinha "Lúcia ja vou indo vinha vindo vinha vindo" é um hit já em terceira geração na minha família, by Roberta Alvares.


6. O Gatola da Cartola - Dr. Seuss

Na verdade o ideal seria colocar todos os livros do Dr. Seuss nessa lista. Esses livros foram um divisor de águas na infância do Lucas: vieram numa fase em que ele começava a ler, mas ainda gostava de ouvir histórias. Lemos todos eles juntos, e foram um achado para mim, que não conhecia esse clássico da literatura infantil. A tradução da Mônica Rodrigues é um primor.




7. Um Garoto Chamado Rorbeto - Gabriel O Pensador

Muita gente talvez nem saiba que o Gabriel O Pensador é autor de um livro infantil. Na verdade, o livro é bem melhor que qualquer música do cara, hehehe. Uma história inusitada, bem costurada, que mistura a relação de pai e filho, a aceitação das diferenças e a importância da leitura. Não vou contar o principal, para não estragar a surpresa de quem quiser contar para os filhos. 



8. Como Pegar uma Estrela - Oliver Jeffers

É o único desta lista 100% Felps. O Lucas não passou pela aventura do garotinho obcecado em ter uma estrela só para ele, e as fofas artimanhas que ele cria para pegar uma. Divertido, emocionante, com lindas ilustrações. Tenho de agradecer à Mariana Miguel pelo presente.


9. O Ursinho Apavorado - Keith Faulkner

Campeão de gargalhadas no quarto do Lucas, esse não funcionou com o caçula: o Felipe pegou bode do livro. Morre de medo dos barulhos terríveis, fruto da imaginação do ursinho. O objetivo era justamente tirar o medo dos meninos de dormirem sozinhos no quarto deles. Com o Lucas funcionou. Com o Felps, #fail. Ainda assim entra na lista pela criatividade da história e o primor das dobraduras.



10. Raposa - Margaret Wild

Na verdade, trata-se de um livro de terror infantil. Lucas, que está bisbilhotando aqui do lado, foi contra a inclusão na lista. "Até hoje tenho pesadelos com esse livro. Até a capa já dá medo''. E ele está certo. O livro é inquietante, tenso. Justamente por isso, totalmente diferente da oferta existente em literatura infantil. O resultado: Lucas lembra dele até hoje. Ainda não tive coragem de testá-lo com o Felps.



Menção honrosa: Da Pequena Toupeira que Queria Saber quem Tinha Feito Cocô na Cabeça Dela - Werner Holzwarth e Wolf Erlbruch

Um livro escatológico, mas sucesso total com meus dois filhos. No Maria Montessori, escola onde o Lucas fez a educação infantil, chegou a haver uma assembleia de mães que queriam reclamar do livro, pois as crianças estavam no Jardim 1 (4 anos) e ele foi incluído na biblioteca circulante. Mais um grande acerto da escola. Um jeito bem-humorado de desmistificar um assunto, mostrar a diferença entre os animais e mostrar, desde cedo, que se você cagar na cabeça de alguém, vai ter troco.